Uma dica para quem quer um atendimento mais comprometido com saúde e menos comprometido com o lucro
Muitas das rotinas às quais as mulheres submetem-se “docilmente” todos os anos são desnecessárias. A medicina, e em especial a ginecologia, foi muito hábil em determinar uma série de supostos desvios na saúde das mulheres, que “precisam” ser insistentemente verificados e que, de certa forma, servem para justificar nossa posição na sociedade. Somos mantidas assim, reféns de consultas, exames e medicações, muitas vezes prejudiciais. É comum que mulheres comecem uma consulta assim: “estou até envergonhada, faz muito tempo que não consulto uma ginecologista”. “Quanto tempo?” Pergunto eu. “Dois anos”. Costumo explicar que, para uma mulher que consulte um ginecologista “de convênio” (como dizem as pacientes), com quem a consulta “não dá tempo nem de esquentar a cadeira” (como afirmam), já que “atende em 10 minutos”, com quem elas não conseguem “fazer sequer uma pergunta”, ou mesmo dizer que fazem sexo com outras mulheres, e ainda assim, saem com “amostras grátis” de anticoncepcional