Alquimia
Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à Alquimia um caráter de "proto-ciência", deve-se lembrar que ela possui mais atributos ligados à religião do que à ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a Alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo.
Parte desta confusão de tratar a Alquimia como proto-ciência é consequência da importância que, nos dias de hoje, se dá à Alquimia física (que manipulava substâncias químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da Química.
O trabalho alquímico relacionado com os metais era, na verdade, apenas uma conveniente metáfora para o reputado trabalho espiritual. Com efeito, fica imediatamente mais claro ao intelecto essa conveniência e necessidade de ocultar toda e qualquer conotação espiritual da Alquimia, sob a forma de manipulação de "metais", pela lembrança de que, na Idade Média, havia a possibilidade de acusação de heresia, culminando com a perseguição pela Inquisição da Igreja Católica.
Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e místico.
A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da Alquimia. Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de uma outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.
A nomenclatura da alquimia é rica em descrições, mas não efetivamente de acordo com os objetivos delineados acima. Opiniões diferem se isto foi deliberadamente uma parte dos primórdios da alquimia ou se foi uma consequência das particularidades (às vezes esotéricas) da teoria da estrutura onde eles trabalharam.
Enquanto ambas as explicações são provavelmente válidas para alguns contextos, é memorável que o primeiro sistema "moderno" de nomenclatura surgiu ao mesmo tempo que o de distinção por Lavoisier entre elementos e compostos, no século XVIII
O químico francês Louis-Bernard Guyton de Morveau publicou suas recomendações em 1782, esperando que seu "método constante de denominação" iria "ajudar a inteligência e aliviar a memória". O sistema foi refinado com a colaboração de Berthollet, de Fourcroy e Lavoisier, e promovido posteriormente num livro-texto que iria sobreviver por muito tempo depois de sua morte na guilhotina em 1794. O projeto foi exposto por Berzelius, que adaptou as ideias para a lingua alemã.
As recomendações de Guyton cobriam apenas o que hoje conheceríamos como compostos inorgânicos. Com a expansão massiva da química orgânica por volta do final do século XIX e um maior entendimento das estruturas dos compostos orgânicos, a necessidade por um sistema de nomenclatura menos ad hocfoi sentida assim as ferramentas teóricas se tornaram disponíveis para tornar isto possível. Uma conferência internacional foi reunida em Genebra no ano de1892 pelas sociedades de químicas nacionais, os quais aceitaram amplamente as propostas de padronização levantadas.
Uma comissão foi formada em 1913 pelo Conselho Internacional de Associações de Sociedades de Química, mas seu trabalho foi interrompido pela primeira guerra. Após a guerra, a tarefa passou para a recém formada União Internacional de Química Pura e Aplicada, que inicialmente indicou comissões para nomenclatura orgânica, inorgânica bioquímica em 1921 e continua a fazê-lo até hoje em dia.
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